É o conjunto de peças regidas, predominantemente ósseas que, unidas entre si (articulações) formam a estrutura de sustentação do corpo do cão. Quanto à dinâmica, constituem os elementos passivos do movimento, sobre os quais se fixam os músculos, que são os elementos ativos.
Em linhas gerais os ossos podem ser de três tipos:
- Chatos: formam amplas áreas para a inserção de grandes massas musculares (escápula, por exemplo) ou unem-se para formar estojos de proteção as estruturas delicadas (ossos do crânio, por exemplo).
- Curtos: aparecem em conjunto em regiões que exigem mobilidade em várias direções, tambématuando no amortecimento de impactos (ossos do corpo, por exemplo).
- Longos: são característicos dos membros, servindo, além da sustentação, como alavancas para os nmúsculos locomotores.
Existem ainda ossos irregulares, acessórios, como os sesamoideos e a patela (rótula), cuja função é alterar a direção dos tendões facilitando o trabalho muscular.
O esqueleto pode ser dividido em Axial que compreende a cabeça e a coluna vertebral (mais a caixa torácica) e, apendicular que compreende os membros anterior e posterior. A nomenclatura e particularidades de interesses dos ossos de cada segmento serão vistas nos próximos segmentos correspondentes.
O que é importante anotar aqui é que, com exceção das vértebras caudais, todos os cães de qualquer raça tem exatamente os mesmos ossos e em igual número. As variações de forma externa se devem a modificações de forma do osso, como por exemplo, o encurtamento de alguns ossos nos membros dos dachshunds... igualmente, cães mais longos ou mais curtos não possuem mais ou menos vértebras; o que acontece é que elas são mais longas e mais estreitas nos longelíneos e mais curtas e mais largas nos brevilíneos, além disso, naqueles os ligamentos intervertebrais são mais longos e elásticos e, nestes, são mais curtos e rígidos, conferindo as características de flexibilidade ou estabilidade de cada um dos tipos considerados. Aliás, essa norma acompanha os demais ossos que nos longilíneos são mais longos e finos, levando a uma estrutura óssea mais leve (não frágil); nos brevilíneos é mais pesada (não grosseira), com variações intermediárias, naturalmente. Ainda mais, dada a relação osso e músculo, vê-se que é impossível uma boa massa muscular se não houver boa estrutura óssea. O inverso, porém, pode acontecer... bons ossos e musculatura deficiente por falta de trabalho, exercícios, etc., desvios ósseos como por exemplo a torção da mandíbula, torção de metacarpo, etc, são sempre defeitos muito graves.
Pure Breed Dogs - 2003 - Glover, Harry - Irewin Copplestone
Dog Standards Illustred - 1977 - Wagner, Alice - Howell Book House, Inc.
Tradução, Pesquisa e Edição - Leandro Jorge - Direitos reservados.
2 comentários:
Bem complexo isso ..
Na verdade, para se entender um pouco mais além do que vem a ser um padrão racial precisa-se conhecer o cão de maneira específica em seu conteúdo ( é o que chamo de "espirito do padrão")para poder entender o "standard" de modo particular. Não se pode entender o que o padrão diz se não conhece suas especificidades.
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