"Pedigree" é a palavra mais comum, importante e fundamental na léxicografia de um cinófilo. Se deriva do latim PEDIS. Vem do Francês "pé de grou"... porque os registros genealógicos dos criadores ingleses de cavalo utilizavam uma marca feita com três traços retilíneos que lembravam a pegada da ave "grou".
Sua origem surge no antigo hábito de encher as "árvores genealógicas" de acordo com a forma do pé desta ave, mesma forma que se utiliza na data.
Toda forma de vida tem ancestrais e sómente quando estes ancestrais, tanto do lado paterno como materno, são conhecidos por ao menos 5 gerações (62 ancestrais) se pode dizer que um pedigree é completo.
O uso correto do termo é limitado, todavia em cães e outros animais para que se dê uma definição de raça pura, esta limitação consiste, principalmente, em que ambos os pais sejam da mesma raça e que esta seja pura.
De um cão se deve dizer que é de raça pura ou de preferência que é um cão de "pedigree", jamais se falará de um cão de "puro sangue", terminologia aplicada corretamente aos cavalos de corrida.
Como se origina uma raça? Como foi originada a primeira raça canina? Que os primeiros ancestrais de todos os cães não eram de raça pura pouco importa, já que, até a pouco mais de 150 anos todos os cães eram mestiços em diferentes escalas, exceto raças primitivas como o Siberiano, Samoyeda, Basenji, Malamute, Chow e etc. Por seleção humana dos exemplares que cruzavam, baseados num "fenótipo" parecido, em temperamento, aparência, ou por ter ancestrais similares, se obteve grupos com uniformidade de porte razoáveis, cor, fisiologia, forma e temperamento.
Na continuidade destes acasalamentos contínuos selecionados, se originou o tipo hereditário em aproximadamente 9 anos ou seis gerações. Por tipo hereditário se entende o que será a base para a criação de exemplares de raça pura, já que de pais parecidos entre si em todos os aspectos, se produzirá invariavelmente descendência parecida e uniforme duplicando eles mesmos ou à seus ancestrais.
Existe sempre a possibilidade de que, ainda depois de muitas gerações de criação de raça pura, se apresenta um "atavismo" - reaparecimento, nos descendentes, de certos caracteres ancestrais desaparecidos nas gerações imediatamente anteriores - ou seja, a tendência de se voltar ao tipo original de onde a raça surgiu e cuja característica não está manifesta nos pais, posto que procedem de algum antepassado. Todos os cães registrados possuem pedigree, mas nem todos os cães de pedigree são registrados ou possuem qualquer tipo de registros. O registro de um cão de raça pura consiste na anotação no livro genealógico de um organismo oficial de cinofilia, no caso CBKC - Confederação Brasileira de Kenneis Club - os ancestrais do cão para depois assinar o exemplar um número único que jamais se repete, com o propósito de se fazer mais fácil e permanente a sua identificação.
Tradução e adaptação: Leandro Jorge
Panorama Canino - Revista Argentina de Cinofilia
2 comentários:
Gostei desse artigo...simples de se ler, facil de entender...
Raças primitivas tem um "q" meio selvagem na aparência gosto disso, mesmo sendo muitas vezes dóceis e amáveis com todos, a aparência intimida.
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